Desde a última quinta-feira a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a operação “Alvitre”, com o objetivo de desarticular um suposto esquema de desvio de verbas públicas em Ipojuca, no Grande Recife. Durante a ação, três mulheres foram presas, incluindo duas advogadas, suspeitas de envolvimento em um esquema que desviou recursos públicos destinados à saúde e outros serviços essenciais.
De acordo com o delegado Ney Luiz Rodrigues, da Delegacia de Porto de Galinhas, as investigações apontam que as verbas, provenientes de emendas parlamentares, foram repassadas para organizações “fantasmas” e operadas por intermediários, conhecidos como “laranjas”. Entre 2022 e 2024, cerca de R$ 39,68 milhões foram desviados de serviços que deveriam ser executados pela área da saúde.
A operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, e embora sete mandados de prisão tenham sido expedidos, apenas as três mulheres foram detidas até o momento. Os outros quatro suspeitos, todos homens, permanecem foragidos. A investigação também se estende a outros municípios, incluindo Bezerros, Catende, São José da Coroa Grande e Barreiros.
Os envolvidos são investigados por crimes como corrupção passiva, peculato, falsidade documental e lavagem de dinheiro. O delegado explicou que, no caso das emendas impositivas, a responsabilidade recai sobre o Poder Executivo e as pastas competentes para verificar se a organização beneficiada cumpre os requisitos legais antes de formalizar o pagamento.
A operação foi realizada pela 43ª Circunscrição Policial de Porto de Galinhas e contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A expectativa é de que mais prisões possam ocorrer conforme a investigação avance.
Com assessoria





