Após investigação intensa, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) concluiu o inquérito que apura a morte de Júlia Ramilly dos Santos, 20 anos, encontrada sem vida em uma suíte de motel em Paulista, Região Metropolitana do Recife. O documento, já remetido ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), responsabiliza Djalma Diego Oliveira Deodato, 25 anos, pelos crimes de feminicídio qualificado e estupro de vulnerável, alegando que o assassinato ocorreu com prévia intenção e uso de meios cruéis.
Segundo o relatório policial, Djalma agiu sozinho. Ele foi preso em flagrante e está preso preventivamente no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
O corpo de Júlia apresentava sinais de estrangulamento e indícios de violência sexual. Os laudos apontam que o crime foi cometido dentro da suíte que ela havia alugado com o acusado. De acordo com depoimentos colhidos, Djalma teria deixado o estabelecimento horas depois, alegando à recepção que a companheira estava dormindo, antes do encontro macabro com seu corpo por parte de funcionários do motel.
Funcionários do local afirmam que, horas antes da descoberta, o casal havia pedido um lanche. Em seguida, o homem teria saído do quarto e efetivado um pagamento parcial, reforçando a narrativa de que tudo estava “normal”. Pouco depois, à luz da tragédia, o corpo de Júlia foi localizado na cama com um lençol por cima e travesseiro posicionado sobre ela, com marcas de sangue visíveis.
A PCPE também investiga um possível vazamento de imagens ligadas ao caso, algo que, segundo a família, estaria gerando revitimização e repercussão na mídia e nas redes sociais.
Com o inquérito concluído, o MPPE deverá decidir pela oferta de denúncia formal com base nas provas reunidas. Se acolhida, a acusação seguirá para o Judiciário, que irá julgar o caso sob as circunstâncias de crime contra a mulher.





