O presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino, foi surpreendido semana passada com uma tentativa de autoria desconhecida – por ora frustrada – questionando no STF sua reeleição para presidir o parlamento paraibano, biênio que se inicia em 02/02/2025 e vai até 02/02/2027. Galdino reagiu, empreendendo buscas e rastreando a autoria do intento, para identificar o autor ou grupo que pretende tirar sua escada, e deixá-lo pendurado no pincel. Não conseguiu ainda desvendar os autores da conspiração, que sem dúvida são figuras do seu convívio, infiltradas no seu vasto ciclo de “amizades” circunstanciais e oportunas. Quem trai são amigos.
As andanças do irrequieto Adriano Galdino, aceitando convites e marcando presença em todos os eventos do litoral ao sertão – prestigiando a classe política – qualifica-o como potencial candidato ao governo do Estado em 2026. Hoje, conhecido em toda a Paraíba, comunica-se com o povo através de uma linguagem simples, interagindo com seus anseios, e atendendo apelos populares através de leis elaboradas pela ALPB. Um autêntico porta-voz das reivindicações oriundas da cidadania.
Fazendo uma analogia ao reino animal, o boi desconhece a força que tem. Bem maior que a do leão. Mas, falta-lhes a capacidade de saber usá-la, em sua própria defesa. Termina sendo devorado pelo rei das savanas. No momento só existem três personagens políticos percorrendo todo o Estado: Adriano Galdino, João Azevedo e Veneziano Vital do Rêgo.
João, busca consolidar sua candidatura ao Senado. Veneziano, pavimenta sua volta triunfal ao Senado Federal. E Adriano Galdino? Vai bater esteira para João e Hugo?
A fase de criar um candidato entre quatro paredes, procurar o marketing e apostar na transferência de votos, são ideias superadas pelo tempo. O último a se aventurar a este desafio na Paraíba foi o ex-governador Ricardo Coutinho. Elegeu o técnico João Azevedo. Uma vitória de pirro. Terminou na cadeia, desconstruindo sua imagem. Sentiu na pele os efeitos da “criatura se voltar contra o seu criador”. Motivado pela sede de vingança, Ricardo fará de tudo para derrotá-lo em 2026.
Forte permanece o povo. Uma candidatura lançada com apoio popular a partir das bases (municípios) atropela qualquer estrutura governamental e seus milhões de reais. Ricardo Coutinho sabia disto. Ficou no governo, comandou a campanha de João, gastando mais de uma centena de milhões de reais, mas mesmo com toda esta estrutura João foi o candidato que mais andou em 2018. Percorreu por quatro vezes todos os municípios do Estado. “Cobra que não anda, não engole sapos”.
A esta altura, Adriano já deve ter percebido que por mais que se esforce e deixe João voar em céu de Brigadeiro, jamais será o seu preferido. O destratamento é visível. Quem se recorda de algum pronunciamento de João Azevedo, agradecendo o empenho de Adriano Galdino na ALPB blindando sua gestão? Nós nunca ouvimos nenhuma referência neste contexto. Pelo contrário, João faz um esforço hercúleo para evidenciar as qualidades de Lucas Ribeiro, seu vice-governador, nunca eleito diretamente pelo voto popular. Foi derrotado em Campina Grande na disputa por uma Vereança. Elegeu-se vice-prefeito, pelo povo que votou em Bruno. E vice-governador pelos eleitores de João.
Hoje, se um curioso com tempo se dispusesse a percorrer toda a Paraíba e perguntar: entre estes três nomes – Adriano, Lucas e Efraim – em quem provavelmente você votaria para governar o Estado? Não temos a menor dúvida que Adriano será o primeiro. Quem paga com o bem, a todos que lhes fazem mal, terminará lhes faltando o bem, para pagar os que lhes desejaram o bem.
A maioria do parlamento, que acredita e segue Adriano Galdino, irá cobrar-lhes agora a última atitude do governador João Azevedo. Ajuizou ação, para não cumprir o acordado: liberar as emendas parlamentares, dentro do calendário proposto pela ALPB que aprovou seu orçamento. Uma punhalada em Galdino, com o propósito de desacreditá-lo perante seus pares. Adágio popular português: “quem lhes poupa o inimigo, morrerá em suas mãos”.
Acorde Adriano!
Por Júnior Gurgel