Em um momento controverso durante uma coletiva de imprensa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se viu no centro de uma polêmica ao fazer uma piada sobre a recente crise envolvendo a falsificação de bebidas alcoólicas com metanol. Ao ser questionado sobre o assunto, o governador respondeu de maneira descontraída: “Não vou me aventurar aqui nessa área [de bebidas alcoólicas], que não é minha praia, tá certo? No dia em que começarem a falsificar a Coca-Cola, eu vou me preocupar”. O comentário, que arrancou risadas tímidas entre os presentes, não demorou para gerar repercussão nas redes sociais.
A crise do metanol, que já resultou em várias mortes e hospitalizações devido ao consumo de bebidas adulteradas, é um tema delicado, e o comentário de Tarcísio foi interpretado por muitos como uma falta de sensibilidade diante da gravidade do problema. O governador, porém, seguiu com a descontração, aproveitando o momento para reforçar sua preferência pela versão com açúcar do refrigerante. A resposta foi vista por alguns como uma tentativa de amenizar a situação, mas também alimentou críticas de que ele não estava levando a sério a situação de saúde pública.
Nas redes sociais, a reação foi rápida e polarizada. Enquanto alguns internautas minimizaram a piada e defenderam o direito ao humor, outros questionaram a postura de Tarcísio, alegando que ele deveria ter adotado um tom mais sério ao tratar de um problema que tem afetado várias famílias no estado. O incidente trouxe à tona debates sobre a responsabilidade dos líderes políticos em momentos de crise e a linha tênue entre descontração e insensibilidade.
A crise do metanol, que já se alastrou por várias regiões do Brasil, segue em ascensão, com autoridades de saúde alertando sobre os riscos do consumo de bebidas alcoólicas falsificadas. O governador, que se envolveu em uma série de declarações públicas sobre segurança e saúde no estado, agora enfrenta críticas por sua abordagem. O caso também abre um precedente para futuras discussões sobre a forma como os governantes se comunicam em tempos de crise.
