A Polícia Civil do Maranhão investiga o caso de uma família que consumiu um ovo de Páscoa envenenado em Imperatriz, resultando na morte de duas vítimas. Um menino de sete anos morreu no dia 18 de abril, e uma menina de 13 anos faleceu na terça-feira (22), enquanto a mãe continua internada em estado grave. A principal suspeita do caso é Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, que confessou ter comprado o ovo, mas nega envolvimento no envenenamento. A investigação aponta que o ovo foi adquirido por Jordélia em um supermercado de Imperatriz no dia 16 de abril, e, no mesmo dia, foi enviado como presente à casa de Mirian Lira, uma das vítimas, acompanhada de um bilhete com a mensagem de Feliz Páscoa. Após o consumo, a família passou mal, e a criança mais nova morreu.
Imagens de câmeras de segurança, juntamente com depoimentos, ajudaram a Polícia Civil a identificar Jordélia como suspeita. Ela foi localizada em Santa Inês e presa após ser flagrada descendo de um ônibus. Com ela, foram encontrados bilhetes de passagens e materiais que indicam que ela tentou se esconder, usando perucas para disfarçar a identidade. A polícia também obteve a informação de que, após o envio do ovo, Jordélia fez uma ligação para Mirian para verificar se o presente havia chegado, mas se recusou a se identificar.
Jordélia, ex-esposa do atual namorado de Mirian, é apontada pela polícia como tendo motivação de ciúmes e vingança. Ela, no entanto, afirmou que apenas comprou o chocolate, mas negou ter envenenado o ovo. O laudo sobre o ovo ainda não foi divulgado, mas há indícios de que o veneno utilizado tenha sido ‘chumbinho’. A polícia segue aguardando a conclusão dos laudos periciais para confirmar a substância no produto e esclarecer completamente o caso.
Jordélia foi transferida para o presídio feminino em São Luís e aguarda os resultados das investigações. Se surgirem novas evidências, outras pessoas poderão ser indiciadas. A polícia continua acompanhando o caso, com atenção aos laudos cadavéricos e o exame do ovo consumido pela família.