Juazeiro, no extremo norte da Bahia, redefine a percepção comum sobre o Semiárido. Longe do imaginário de aridez absoluta, a cidade prospera graças à presença do imponente Rio São Francisco, artéria fundamental que irriga o desenvolvimento local.
A vocação da região reside no agronegócio, onde o município se estabeleceu como um polo de excelência em fruticultura irrigada. A irrigação estratégica, impulsionada pelas águas do “Velho Chico”, transforma a paisagem, permitindo o cultivo de frutas de alto valor comercial, como mangas e uvas, em escala significativa. Este dinamismo produtivo não apenas abastece o mercado nacional, mas posiciona Juazeiro e o Vale do São Francisco como grandes players nas exportações brasileiras, gerando um impacto econômico e social expressivo no contexto do Nordeste.
A vida na “Terra das Carrancas”, como é conhecida, vai além dos números do PIB. O Velho Chico, figura central na geografia e na identidade local, proporciona uma conexão singular com a natureza e uma rica herança cultural ribeirinha. As carrancas, que historicamente adornavam as proas das embarcações para afastar maus espíritos, hoje são símbolos artísticos que contam a história do povo barranqueiro e reforçam a autenticidade da região. O turismo cultural, emerge como um vetor de desenvolvimento paralelo à agroindústria.
Para quem pondera estabelecer-se em Juazeiro, a cidade, que forma um dos maiores aglomerados urbanos do Semiárido brasileiro com a vizinha Petrolina (PE), oferece a dinâmica de um polo regional. Apresenta-se como um lugar com mercado de trabalho aquecido no agronegócio e um custo de vida acessível, conforme indicam pesquisas de custo de vida.
Em termos de desenvolvimento social, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Juazeiro é classificado como bom, refletindo um crescimento na longevidade e na educação.
Visitar Juazeiro é mergulhar em um Brasil inesperado: é testemunhar o vigor do agronegócio do sertão, provar frutas que ganham o mundo e sentir a força do São Francisco. Roteiros gastronômicos, culturais e de ecoturismo pelas ilhas e arredores garantem uma experiência original, revelando a beleza e o potencial de um sertão reinventado.
