O novo eixo de crescimento: Nordeste transforma potencial em desenvolvimento sustentável

​Superando o déficit histórico, a região investe em energia limpa e inovação para consolidar a ascensão da renda.

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O Nordeste brasileiro, que historicamente conviveu com desafios estruturais, emerge como um protagonista na dinâmica econômica nacional, impulsionando a pauta do desenvolvimento sustentável no país. O crescimento do rendimento domiciliar per capita na região, que entre 2012 e 2024 superou a média nacional com uma alta de 26,7% (dados do Ibre-FGV), é um indicador robusto dessa transformação. Contudo, a persistência do menor rendimento per capita do país reforça a urgência de políticas públicas coordenadas para converter esse potencial em prosperidade duradoura e menos desigual.

Apesar do notável avanço na renda, a região ainda enfrenta o desafio da desigualdade, um gargalo que programas sociais e a vitalidade de setores como comércio e serviços buscam mitigar. A expansão do emprego formal nestes setores, essenciais para a distribuição de renda, depende diretamente da continuidade de medidas eficazes de apoio.

O Banco do Nordeste (BNB) se posiciona como um catalisador central desse processo. Sob a liderança de Wanger de Alencar Rocha, a instituição tem priorizado a expansão do microcrédito, um instrumento importante para a inclusão produtiva de milhares de empreendedores. Além disso, o BNB direciona investimentos significativos para áreas de alto impacto, como energia renovável, agro sustentável, indústria e tecnologia. O volume de novas contratações no último trimestre, que atingiu R$ 51 bilhões, um aumento de 16,2% em relação ao ano anterior, atesta a intensificação desse suporte financeiro.

A vocação do Nordeste para a energia limpa é inegável, consolidando a região como o principal polo de expansão do setor elétrico brasileiro. Com a maior capacidade instalada em energia solar e eólica do país, o Nordeste não apenas se energiza de forma limpa, mas também atrai investimentos massivos. A injeção de R$ 43 bilhões pelo BNB em projetos de energia entre 2018 e setembro de 2025 sublinha o papel estratégico desses recursos na transição energética do Brasil. A concentração de aproximadamente 93% da energia eólica nacional na região  ilustra o domínio do Nordeste nesse segmento.

A pauta do desenvolvimento sustentável no Nordeste, no entanto, não se resume apenas à matriz energética. Outros desafios persistem, como a necessidade de aprimorar a infraestrutura hídrica e de saneamento, a fragilidade da agropecuária no semiárido frente às estiagens, e o aprofundamento da qualificação de mão-de-obra e da inovação tecnológica nas cadeias produtivas.

Para debater esses avanços e as rotas para o desenvolvimento sustentável, o CB Debate: Os avanços do Nordeste, realizado em parceria com o BNB, reúne nesta quinta-feira (4/12) especialistas, autoridades e lideranças. A discussão, transmitida ao vivo, visa articular o futuro da região, focando na sinergia entre políticas públicas, inovação e oportunidades estratégicas para garantir que a curva ascendente da renda se traduza em uma redução sistêmica da desigualdade e em prosperidade ambiental e social.

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