A nova política tarifária dos Estados Unidos, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump como parte de sua agenda econômica, pode trazer reflexos negativos para setores da indústria nordestina, especialmente em Pernambuco, com impactos esperados nas exportações de açúcar, uvas e aço.
Os aumentos de tarifas para produtos estrangeiros, se aplicados a países como o Brasil, podem tornar as mercadorias brasileiras menos competitivas no mercado norte-americano, afetando diretamente produtores e exportadores da região. Pernambuco, que tem forte produção de frutas no Vale do São Francisco, além de contar com empresas do setor açucareiro e siderúrgico, está entre os estados que podem ser mais atingidos.
No caso do açúcar, o Brasil já enfrenta cotas e barreiras no comércio com os EUA, o que limita a quantidade exportada. Se novas tarifas forem aplicadas, os custos de exportação podem subir, dificultando ainda mais o escoamento do produto para o mercado internacional.
As uvas produzidas no Sertão do São Francisco, cuja produção é altamente voltada para exportação, também podem sofrer com as medidas. O aumento de taxas reduziria a competitividade frente a outros países exportadores.
O setor siderúrgico, com presença industrial em Pernambuco e outras regiões do Nordeste, também pode sentir os efeitos de novas taxas sobre o aço brasileiro, especialmente se houver retomada de medidas protecionistas como as já vistas em governos anteriores dos Estados Unidos.
Economistas avaliam que o cenário internacional pode pressionar a cadeia produtiva local, afetando empregos e investimentos. Por outro lado, ainda não há confirmação oficial de quais países serão diretamente impactados, e as autoridades brasileiras seguem acompanhando a movimentação diplomática e econômica.
