Há relação entre inteligência artificial e cibersegurança? A integração de ambos pode trazer benefícios para as empresas e, ao mesmo tempo, pode exigir cuidados levando em consideração os possíveis riscos e desafios. Para debater isso, haverá uma mesa-redonda que abre a programação do primeiro dia de atividades da Expotec, nesta segunda-feira (7), das 10 h às 11h30min, na sala Tambaú, no Centro de Convenções. Quem participará da mesa são a professora Thaís Gaudêncio, doutora em Ciência da Computação, e o delegado de Polícia Civil, João Ricardo Moreira. A mediação será do presidente da Associação Nacional para a Inclusão Digital- ANID-PB, Percival Henriques.
Na opinião da professora Thaís Gaudêncio, que coordena o Laboratório de Aplicações de IA do Departamento de Computação da UFPB, “a Inteligência Artificial não é uma solução mágica para a cibersegurança. Se faz necessário um esforço conjunto para proteger as empresas e indivíduos de ameaças virtuais”. Ela acrescentou que a aplicação da IA na área deve ser feita com cuidado e responsabilidade”.
Desta forma, Thais ressaltou que pretende discutir tópicos como a expansão das possibilidades da inteligência artificial na detecção de ameaças e automação de processos manuais; o seu potencial em ataques cibernéticos, criando novas vulnerabilidades e ameaças e sobre a necessidade de preparação e proteção contra esses ataques, e a importância de equipes de segurança da informação no entendimento de ferramentas inteligentes e especializadas para proteger as empresas de ameaças virtuais.
Desafios e oportunidades
“Será uma oportunidade para debater os desafios e oportunidades da inteligência artificial na cibersegurança e como podemos nos preparar para um futuro cada vez mais tecnológico”, destacou a professora Thaís.
Atualmente, o número de dispositivos móveis conectados à Internet continua crescendo, aceleradamente. Por causa disso, aumentam os riscos de ciberataques com o intuito de roubar informações de empresas, instituições e de pessoas físicas. Para o delegado da Polícia Civil, João Ricardo, ao integrar a IA aos sistemas de segurança é possível automatizar os processos de verificação de ataques, podendo torná-los mais seguros ao reduzir a carga de trabalho dos especialistas de TI e aumentar a eficiência na identificação de ameaças.
De acordo com João Ricardo, há realmente riscos ao se navegar na Internet. “É possível gerenciar estes crimes, encontrando um equilíbrio para eliminá-los. A IA pode ser utilizada por cibercriminosos para executar ataques mais sofisticados e difíceis de identificar. Mas também contribuir para a mitigação de ataques cibernéticos complexos, garantindo a segurança das informações corporativas”.
Nesse cenário, acrescentou o delegado, “as empresas precisam estar prontas, investindo em novas condições técnicas e conhecimentos específicos para implementar as melhores soluções de proteção”, concluiu João.
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