O cearense João Marinho Neto, natural de Maranguape, no Ceará, comemorou no último domingo (5) seu 113º aniversário, reforçando seu status como o homem mais velho do mundo, título oficialmente reconhecido pelo Guinness World Records. João, que também foi apontado pela LongeviQuest como o último homem vivo nascido em 1912, celebra não apenas a longevidade, mas uma vida de muito trabalho e conexão com suas raízes.
A história de João começa em Apuiarés, município cearense onde reside atualmente, e está intimamente ligada à agricultura. Desde os quatro anos, o homem ajudava seu pai nas tarefas da fazenda, como o cuidado do gado e a colheita de frutas, especialmente de juazeiros, uma árvore típica da região. Ele lembra com carinho do tempo em que usava um gancho improvisado, feito com galhos, para proteger os frutos.
Com 113 anos de vida, João já atravessou diferentes fases do Brasil, testemunhando transformações políticas, sociais e culturais. A morte do britânico John Tinniswood, que faleceu aos 112 anos, fez de João Marinho o recordista mundial de longevidade masculina, reconhecimento oficial que ele celebra com grande orgulho, e que foi reforçado no mês de novembro de 2024, quando o Guinness World Records confirmou a façanha.
Ao longo de sua vida, João se casou com Josefa Albano dos Santos (1920–1994), com quem teve quatro filhos: Antônio, José, Fátima e Vanda (falecida). A vida no campo sempre foi marcada pelo trabalho árduo e pela criação de uma família numerosa. Após a morte de sua esposa, João se casou novamente, tendo mais três filhos: Vinícius, Jarbas e Conceição, com sua segunda esposa, Antonia Rodrigues Moura. Juntos, cultivavam milho, feijão e criavam gado, cabras, porcos e galinhas, com uma rotina de trabalho que nunca deixou de ser a base de sua longevidade.
Hoje, João Marinho Neto é símbolo não apenas de longevidade, mas também da resistência e da sabedoria de uma geração que construiu o Brasil rural. Sua vida, longe de ser marcada apenas pela data de seu aniversário, é um reflexo da conexão entre a família, a terra e o trabalho, elementos que perduram como legado em sua jornada.
 
				 
											




