Brasil 4 x 0: a seleção de handebol não foi a passeio, foi patorá!

​O 7 a 1 virou 32 a 25 e o MVP é a garantia de que, no Handebol, o sarcasmo passa longe do placar.

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Enquanto o Brasil insiste em viver a montanha-russa emocional do futebol, a turma do handebol feminino em Dortmund resolveu adotar a rotina suíça: tudo no horário, eficiente e sem sustos.

Nesta quarta-feira, a Coreia do Sul, país que já levantou a taça (diferentemente de certas seleções por aí que só levantam poeira), foi despachada por 32 a 25. O recado é claro: não tem simpatia asiática que segure o bonde do Brasil.

O time de Cristiano Silva tem uma campanha que faria inveja a qualquer coach motivacional: 100% de aproveitamento e quatro vitórias que mais parecem um passeio de domingo.

Começaram de forma protocolar contra Cuba (41 a 20), fizeram o dever de casa contra a Tchéquia (28 a 22) e mandaram a poderosa Suécia para a fila (31 a 27). Agora, a Coreia do Sul entra para a lista de “vítimas” de um Brasil que parece ter abolido a palavra “zebra” do vocabulário esportivo.

E o que dizer de Bruna de Paula? A central, que marcou modestos, e decisivos, três gols no último duelo, levou o prêmio de Jogadora Mais Valiosa da Partida (MVP).

Convenhamos, o MVP nesse esporte não é apenas sobre o número de bolas na rede; é sobre ser a mente pensante em quadra. A mineira do Gyori Audi ETO KC, da Hungria (sim, ela já levou para a Europa o seu talento de quem, pasmem, vendia picolé na infância), está mais para general de exército em campo minado do que para mera artilheira. É a inteligência tática, a cereja ácida do bolo.

​Agora, o Brasil está a um passo da antecipada zona de conforto das quartas de final. A próxima vítima? Angola, na sexta-feira, 5 de dezembro, às 11h30 (horário de Brasília).

Se a seleção de handebol garantisse vaga nas quartas com a mesma facilidade que o brasileiro garante a ida à praia em feriado prolongado, estaríamos falando de vaga Olímpica. No entanto, é no main round que o jogo aperta. Mas, por enquanto, a torcida pode relaxar. O Brasil não apenas está jogando bonito; está jogando com a eficiência de quem tem pressa para conquistar o título.

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