Bebê de 1 ano morto no interior do RN foi envenenado e pai é suspeito

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O bebê Aslan Gael Ferreira Ramalho, de 1 ano e 8 meses, morreu no dia 27 de abril, na cidade de Triunfo Potiguar, no interior do Rio Grande do Norte, após ser envenenado com um inseticida altamente tóxico. O laudo pericial confirmou nesta terça-feira (13) que a substância encontrada no corpo da criança foi o terbufós, um agrotóxico classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “extremamente perigoso”. A Polícia Civil aponta como principal suspeito o próprio pai do menino, Alan da Silva Ferreira, de 31 anos, que foi encontrado morto seis dias depois, em estado avançado de decomposição, na zona rural da mesma cidade.

As investigações indicam que o crime foi premeditado. O homem teria colocado o inseticida em um pote de açaí consumido pela criança durante o tempo em que passou com o pai. Após deixar o filho no hospital e fugir de moto, Alan desapareceu. Seu corpo foi localizado por agricultores no dia 3 de maio, ao lado de ferramentas como facas e um serrote. A motivação do crime seria o não aceite do término do relacionamento com a mãe da criança. A polícia trabalha com a hipótese de que, após envenenar o filho, o homem cometeu suicídio.

O caso segue praticamente concluído, restando apenas a finalização do laudo cadavérico do pai. Durante as diligências, os peritos recolheram o pote de açaí, amostras de vômito e materiais biológicos da criança, confirmando a presença do inseticida organofosforado. O produto é usado no controle de pragas em plantações e provoca, em casos de intoxicação aguda, sintomas como náuseas, vômitos, sudorese intensa, tremores musculares, pupilas contraídas, convulsões, paralisia respiratória e morte.

A morte de Aslan Gael gerou comoção no estado e reforça os alertas sobre o acesso a substâncias altamente letais. O caso também lembra outro ocorrido recentemente em Natal, em que uma bebê de oito meses morreu após ingerir açaí e granola envenenados com chumbinho.

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