Em uma operação rápida e calculada, um grupo de criminosos armados invadiu o Museu do Louvre, em Paris, e roubou nove peças valiosas da Galeria de Apolo, incluindo joias da coleção da Monarquia Francesa, na manhã deste domingo (19). O assalto durou cerca de sete minutos, segundo informações oficiais, e resultou no fechamento imediato do museu.
Os ladrões entraram pelo lado do rio Sena, utilizando um guindaste montado em um caminhão para acessar o prédio, uma estratégia até então inédita contra a segurança do Louvre. Eles usaram um elevador de carga para chegar diretamente à galeria onde as joias estavam expostas e portavam motosserras, indicando um planejamento meticuloso e recursos para romper vitrais ou barreiras. A fuga foi feita em uma scooter, ressaltando a velocidade da ação.
Entre os itens levados, destacam-se peças da coleção pessoal de Napoleão Bonaparte e da imperatriz Josefina, como um colar, uma tiara e um broche. Apesar da importância das joias, o famoso diamante Regent, de 140 quilates, que compõe parte do acervo, não foi alvo dos criminosos, conforme fontes internas.
O ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, classificou o episódio como um “grande roubo” e ressaltou o valor histórico e cultural das peças subtraídas, destacando que o crime mostra um elevado grau de preparo dos autores. Autoridades garantiram que ninguém ficou ferido e que as investigações avançam para identificar e capturar os responsáveis.
Este não é o primeiro incidente envolvendo furtos no Louvre. A história do museu registra casos notórios, como o desaparecimento temporário da Mona Lisa em 1911, e recentes recuperações de peças roubadas décadas antes, reforçando a importância do patrimônio guardado ali. Este episódio, porém, expõe desafios contemporâneos na proteção de um dos maiores tesouros artísticos do mundo e levanta questões urgentes sobre segurança e preservação.
Com o museu mantendo suas portas fechadas temporariamente, o país e os especialistas aguardam ansiosos por respostas que possam restaurar a confiança no local que abriga séculos de história da civilização ocidental.