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“Ainda Estou Aqui” de Walter Salles é ovacionado no Festival de Veneza e recoloca o Brasil na competição pelo Leão de Ouro

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Neste domingo, o cinema brasileiro voltou a brilhar no Festival de Veneza com a exibição de “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles. O filme foi aclamado pelo público na Sala Grande do Palazzo del Cinema, recebendo uma ovação de 10 minutos. Este retorno marca a primeira vez em 23 anos que o Brasil participa da competição pelo cobiçado Leão de Ouro, desde que Salles concorreu com “Abril Despedaçado”.

Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” narra a tocante história da família Paiva, com foco especial em Eunice Paiva, mãe do autor. Eunice, advogada e viúva do engenheiro e deputado Rubens Paiva, que foi preso e assassinado durante a ditadura militar brasileira, é o centro emocional da narrativa. O longa, ambientado no Rio de Janeiro dos anos 1970, é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, trazendo à tela a força e a resiliência de Eunice em um período de profunda repressão política.

Em entrevista ao Conversas com o Meio, Marcelo Rubens Paiva compartilhou detalhes sobre a produção do filme. “Quem realmente foi a grande heroína da minha família foi minha mãe”, afirmou o escritor, destacando o papel crucial de Eunice em manter a família unida durante os anos de chumbo.

O retorno triunfal de Walter Salles a Veneza com “Ainda Estou Aqui” não só celebra a força das mulheres brasileiras como também renova a presença do cinema nacional em um dos festivais mais prestigiados do mundo.

Por Hermano Araruna

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