Os motoristas do transporte coletivo da Grande João Pessoa declararam estado de greve, estabelecendo um prazo de 72 horas para a deflagração do movimento, que deve ter início na próxima terça-feira (11). A decisão, comunicada através de um edital nesta sexta-feira (7), é uma resposta direta ao alegado descumprimento do acordo coletivo da categoria pelas empresas de transporte urbano.

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros e Cargas (Simtro-PB) reivindica, fundamentalmente, um reajuste salarial de 5% e a elevação do valor do vale-alimentação, itens que, segundo o sindicato, não foram honrados conforme o dissídio coletivo estabelecido para o período 2025/2026. O iminente conflito trabalhista volta a colocar em xeque a estabilidade do serviço essencial na capital paraibana e municípios vizinhos.
O presidente da entidade sindical, Ronne Nunes de Sousa, enfatizou que o objetivo da paralisação é pressionar o setor patronal a respeitar os termos firmados em audiência trabalhista prévia, buscando uma solução que beneficie os trabalhadores e suas famílias.
A legislação garante o direito de greve, mas impõe a manutenção de um serviço mínimo. Desta forma, o edital prevê que 30% da frota continuará em circulação para atender as demandas emergenciais e essenciais da população. Enquanto o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP) afirma não ter sido formalmente notificado do movimento, a população se prepara para enfrentar mais um período de incertezas e dificuldades na locomoção, caso as partes não cheguem a um novo consenso antes do prazo final.





