Prisão na Paraíba: caçada nacional chega ao elo do mega-ataque hacker de R$ 800 milhões

Operação da Polícia Federal e Rotam captura suspeito em Campina Grande, desvendando a engrenagem por trás da maior invasão cibernética ao sistema de pagamentos brasileiro.

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A Paraíba se tornou palco de um capítulo crucial na investigação do maior golpe cibernético já registrado no país, que resultou no desvio de cerca de R$ 800 milhões de bancos e empresas interligadas ao sistema PIX. Um homem de 29 anos, com mandado de prisão em aberto e suspeito de participação no esquema, foi detido em Campina Grande na quinta-feira (30) por militares da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).

A prisão é fruto de uma ação coordenada que envolveu o setor de inteligência da PM paraibana, acionado diretamente pela Polícia Federal (PF). O suspeito, que possuía residência em João Pessoa, foi localizado no bairro José Pinheiro, área central da cidade, a bordo do veículo que, segundo informações da PF, estaria sendo utilizado para sua locomoção.

A captura faz parte da Operação Magna Fraus, desencadeada pela Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo em uma ofensiva nacional e internacional contra a rede criminosa. O ataque mirou a infraestrutura tecnológica de uma prestadora de serviços que conecta instituições financeiras ao sistema do Banco Central, expondo vulnerabilidades na cadeia intermediária de pagamentos.

Com o suspeito foram apreendidos aparelhos celulares e o automóvel. Ele foi imediatamente encaminhado à delegacia da Polícia Federal em Campina Grande, que centraliza as investigações locais. As autoridades buscam agora rastrear a movimentação financeira e o possível papel do indivíduo no intrincado processo de desvio e lavagem de dinheiro, que incluiu, em parte, a tentativa de conversão dos valores em criptomoedas, segundo apurações anteriores.

O cerco ao grupo criminoso tem se intensificado, com mandados de prisão sendo cumpridos em seis estados brasileiros e até mesmo com apoio de autoridades internacionais e da Interpol, evidenciando a sofisticação e a dimensão transnacional da fraude. As investigações buscam responsabilizar os envolvidos por crimes como organização criminosa, invasão de dispositivo informático e furto mediante fraude eletrônica.

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