O debate sobre o alinhamento político na Paraíba ganhou novos contornos com as declarações do ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao Senado, Marcelo Queiroga (PL). Em entrevista nesta sexta-feira (24) ao programa Ô Paraíba Boa, Queiroga utilizou a filiação partidária como termômetro ideológico, questionando a classificação do ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) e do senador Efraim Filho (União Brasil) no espectro conservador.
A provocação surgiu após ser lembrado o recente auto-posicionamento de Pedro Cunha Lima como “centro”. Para Queiroga, o vínculo com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, seria o comprovante definitivo de uma identidade de direita. “Se Pedro fosse direita declarada, ele estaria no PL, não no PSD”, sentenciou o pré-candidato, traçando uma linha divisória clara entre as legendas.
A análise do ex-ministro também se estendeu a Efraim Filho. Embora reconheça que o senador, diferentemente de Cunha Lima, demonstra maior sintonia com o campo conservador, Queiroga o situa como um “político de centro-direita”. A percepção de maior proximidade do senador com o eleitorado conservador é endossada pelo engajamento nas plataformas digitais, conforme o discurso de Queiroga.
O ex-ministro ressaltou o papel incisivo do “bloco de direita” nas redes sociais, afirmando que a aceitação ou rejeição de um nome por esse segmento se manifesta de forma intensa e imediata. “Quando eles não gostam de um candidato, vocês veem que eles detonam. Com Efraim, foi diferente”, observou Queiroga. Para ele, o acolhimento da pré-candidatura de Efraim por parte desses movimentos virtuais reforça sua tese de que o senador possui uma identificação mais robusta com o eleitorado de direita do que o ex-deputado, apesar das “diferenças” naturais entre os aliados no campo da oposição.
