Estado de emergência em Lima desafia realização da final da Libertadores e pressiona Conmebol por decisão

Conmebol acompanha tensão em Lima e estuda alternativas para garantir a definição da Libertadores, enquanto clubes brasileiros avançam nas semifinais.

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Apesar da instabilidade e da declaração de estado de emergência no Peru, a Conmebol mantém Lima como sede da final da Copa Libertadores, marcada para 29 de novembro no Estádio Monumental. As autoridades peruanas intensificaram a segurança na capital e em Callao diante do aumento da violência urbana e da crise política desencadeada pela recente destituição da presidente Dina Boluarte.

O cenário conturbado põe em xeque a realização da decisão no Peru, embora a Conmebol monitore de perto os desdobramentos e mantenha contato frequente com representantes locais. O estado de emergência, que permite mobilização das forças armadas e restrições a direitos civis, foi declarado pelo atual governo e deve durar 30 dia.

Palmeiras e Flamengo seguem como os únicos clubes brasileiros na semifinal da competição, que também conta com os times equatoriano LDU e argentino Racing. Na última semana, a Conmebol reuniu-se com líderes das equipes semifinalistas para tratar da logística e organização dos jogos, mas não discutiu oficialmente a situação de Lima. Caso a necessidade de mudança se confirme, Assunção, sede da entidade, desponta como alternativa, cenário que se repetiria após o episódio de 2019, quando motins no Chile levaram à transferência da decisão daquela edição para Lima.

O momento exige atenção dos organizadores para garantir a segurança e a integridade da maior competição de clubes da América do Sul, enquanto os clubes brasileiros já se preparam para os confrontos desta semana que definirão os finalistas.

A definição do palco da final tornou-se um tema de impacto que ultrapassa o âmbito esportivo, refletindo a volatilidade política e social do país anfitrião.

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