Na manhã desta sexta-feira (3), a Polícia Civil da Bahia deflagrou a Operação Subsolo, cumprindo três mandados de prisão preventiva contra homens apontados como lideranças de uma facção criminosa que atuaria em Serrinha e em outras regiões do estado. Um quarto indivíduo foi preso em flagrante por suspeita de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Todos permanecem à disposição da Justiça.
Conforme apurado pela operação, os alvos são investigados por envolvimento em homicídios, tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma e coação a moradores do bairro dos Treze, onde teriam cometido pichações com símbolos da facção e feito ameaças. A origem das investigações remonta a uma dupla tentativa de homicídio qualificado, ocorrida em 6 de julho deste ano, em frente à Câmara de Vereadores de Serrinha. À época, o executor do crime foi preso em 28 de julho, e as averiguações indicaram que as lideranças detidas forneceram a arma e autorizaram a ação.

Durante a operação, foram apreendidos:
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Uma pistola Glock calibre .380 com numeração raspada, além de 36 munições e dois carregadores
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Drogas variadas: cocaína, maconha e crack
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R$ 23 mil em espécie
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14 aparelhos celulares
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Quatro radiocomunicadores
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24 câmeras de vigilância
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Sete cadernos com anotações do tráfico
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Materiais para embalagem de entorpecentes
Parte da droga estava enterrada no quintal de um dos investigados, descoberta com o apoio do canil da CORE (Coordenadoria de Operações Especiais).
A ação contou com integração entre a Delegacia Territorial de Serrinha, o CORE, o GATTI/Sisal, a 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e outras unidades subordinadas. Os três presos preventivos e o detido em flagrante devem responder aos processos correspondentes à gravidade das acusações.
Serrinha tem registrado, nos últimos anos, episódios de disputa entre facções por controle territorial e domínio do tráfico de drogas. A apreensão de armas, dinheiro e sistemas de comunicação sugere uma estrutura bem organizada.
A utilização de recursos como câmeras de vigilância e radiocomunicadores demonstra que o grupo não apenas praticava a criminalidade, mas também monitorava espaços e tentava se antecipar às investigações. Esse modus operandi evidencia o grau de articulação e planejamento.
A operação Subsolo representa uma resposta institucional ampla para desarticular pontas da facção no interior da Bahia, e pode servir de impulso para frentes investigativas em municípios vizinhos. A continuidade dos inquéritos deverá revelar conexões com outros crimes na região, bem como possíveis redes de apoio logístico.
Com assessoria PCBA





