Suspensão de 25 linhas de ônibus em Fortaleza surpreende usuários e gera impacto no cotidiano da cidade

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Terminal da Parangaba Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

Na manhã desta segunda-feira (29), a população de Fortaleza foi surpreendida com a suspensão de 25 linhas de ônibus no sistema de transporte público. A medida, que afetou diretamente milhares de usuários, foi tomada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), sem prévio aviso ou planejamento no sistema oficial, conforme informou a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).

Em nota, a Etufor esclareceu que a suspensão das linhas não foi autorizada pela Prefeitura de Fortaleza e destacou que o órgão municipal tem mantido o pagamento regular de subsídios às empresas de transporte público. Esses subsídios, que alcançam a casa dos R$ 16 milhões mensais, visam garantir a operação do sistema de transporte na cidade. No entanto, a Etufor não mencionou as razões detalhadas para a decisão tomada pelo Sindiônibus.

A medida gerou questionamentos sobre a transparência e a comunicação entre a Prefeitura de Fortaleza, as empresas de transporte e a população. A Etufor, por sua vez, informou que mantém um diálogo constante com o Sindiônibus com o objetivo de encontrar soluções que não prejudiquem os usuários, mas ainda assim, muitos usuários estão insatisfeitos com a forma abrupta em que a mudança ocorreu.

Em comunicado, o Sindiônibus justificou o ajuste na frota como necessário para garantir a continuidade do sistema de transporte público. O sindicato afirmou que a decisão foi tomada após “estudos técnicos” que levaram em consideração fatores como o dimensionamento da frota, análise de rotas e linhas, além da situação financeira das empresas de transporte coletivo.

De acordo com o Sindiônibus, a suspensão de algumas linhas foi uma medida para lidar com o “desequilíbrio financeiro” enfrentado pelas empresas do setor, que tem se intensificado nos últimos meses. O sindicato ressaltou que algumas linhas com déficit financeiro foram reduzidas ou suprimidas, enquanto outras, com maior demanda de passageiros, receberam reforço na frota.

A suspensão das linhas levanta questões sobre a sustentabilidade financeira do sistema de transporte público em Fortaleza. Segundo especialistas em mobilidade urbana, o setor enfrenta dificuldades estruturais, como o desequilíbrio entre a oferta de serviços e a demanda crescente, especialmente em uma cidade que possui uma grande população dependente de transporte coletivo.

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