Uma sentença marcante foi proferida no Grande Recife: uma mãe foi condenada a 41 anos de prisão pela brutal tortura e espancamento de seu próprio bebê, que não resistiu aos ferimentos. O caso chocou a população local e reacendeu debates sobre proteção infantil, violência doméstica e rigidez das penas.
De acordo com os autos do processo, a mãe submeteu a criança a maus-tratos intensos, deixando o bebê gravemente ferido até levá-lo à morte. As investigações mostraram que o crime não foi resultado de negligência ou acidente, mas de agressões deliberadas e prolongadas.
Durante o júri, foram apresentadas provas contundentes: laudos médicos, depoimentos de testemunhas e evidências físicas que demonstraram o grau de violência a que o bebê foi submetido. O tribunal concluiu que as ações da ré configuraram tortura com resultado morte, agravadas pelo vínculo familiar.
A defesa argumentou que a ré sofria de problemas psicológicos e pediu atenuantes, mas o tribunal rejeitou a tese como insuficiente para modificar a dosimetria da pena. A promotoria havia pleiteado uma pena rigorosa, considerando a vítima indefesa e a gravidade dos atos.
Com a condenação, a mãe deverá cumprir pena em regime fechado inicialmente. O caso segue repercutindo na sociedade pernambucana, gerando indignação, pedidos por justiça e reflexões sobre o sistema de proteção à criança no Brasil.





