Neste sábado (27), uma aeronave do Ciopaer (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas) foi mobilizada para ajudar no combate aos incêndios que atingem a comunidade de Quinderé, em Aracati, no litoral do Ceará. Utilizando o “Bambi Bucket”, um dispositivo aéreo conhecido como balde de helicóptero, a aeronave lançou água sobre áreas críticas, tentando conter as chamas que consomem a vegetação local.
O município, que enfrenta uma crise de incêndios florestais há quase duas semanas, já mobilizou diversas equipes de combate, incluindo o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar. As chamas, que se espalham rapidamente devido às condições climáticas e à vegetação extremamente seca, têm colocado em risco a segurança das áreas urbanas e da fauna local.
O período de setembro a dezembro, caracterizado pela estiagem no Ceará, contribui significativamente para o aumento de queimadas. As altas temperaturas, a baixa umidade do ar e os ventos fortes formam o cenário perfeito para a propagação do fogo, que pode ter causas tanto naturais quanto humanas. Segundo especialistas, além do calor intenso, atividades como a limpeza de terrenos e o descarte inadequado de lixo também são responsáveis por muitos incêndios na região.
Em resposta à situação, órgãos ambientais e de segurança pública intensificaram as ações de prevenção. “Este é um momento crítico. A caatinga, já naturalmente seca, se torna altamente inflamável. Estamos monitorando áreas de risco e reforçando a orientação à população sobre o manejo responsável do fogo”, afirmou um porta-voz do Corpo de Bombeiros.
O uso de helicópteros com baldes de água, como o “Bambi Bucket”, tem sido uma estratégia eficaz para alcançar focos de incêndio em áreas de difícil acesso, onde as brigadas terrestres não conseguem atuar com rapidez. No entanto, o combate a incêndios dessa magnitude requer esforços contínuos, e as autoridades reforçam a necessidade de políticas públicas mais eficazes no combate ao desmatamento e na educação sobre o uso consciente do fogo.
A situação em Aracati reflete um problema maior enfrentado por várias cidades do Ceará, que, durante a estação seca, se tornam vulneráveis a incêndios florestais devastadores.
Com assessoria
				
											




