Serial Killer de Maceió é condenado a 24 anos de prisão pela morte de mulher trans

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Albino dos Santos Lima, conhecido como o serial killer de Maceió, foi condenado nesta sexta-feira (6) a 24 anos e 6 meses de prisão pelo feminicídio de Louise Gbyson Vieira de Melo, uma mulher trans assassinada em Alagoas. O julgamento ocorreu no Fórum do Barro Duro, com júri popular presidido pelo juiz Yulli Roter.

O réu já havia sido condenado anteriormente, em abril, a 37 anos de prisão pela morte do barbeiro Emerson Wagner da Silva, de 37 anos, e pela tentativa de homicídio contra uma jovem. Somadas, as penas ultrapassam 61 anos de reclusão.

Segundo a própria confissão, Albino matou 18 pessoas na capital alagoana. A Polícia Civil continua investigando se ele é responsável por outros assassinatos ainda não confirmados. Ele está preso desde 2023.

Assassinatos em série e perfil perturbador

Durante o julgamento, Albino afirmou ter sido “possuído pelo fogo do arcanjo Miguel”, alegando que o anjo teria sido o “autor intelectual” do crime, e que seu corpo apenas executava as ordens. A declaração chamou atenção do Ministério Público e da sociedade civil pela gravidade e teor religioso de delírio.

Os crimes aconteceram, em sua maioria, na região da Ponta Grossa, em um raio de 800 metros da casa onde ele foi capturado. Após sua prisão, a polícia reabriu inquéritos antigos com base em provas encontradas no celular do acusado.

Mesmo após o aparelho ter sido formatado, a perícia conseguiu recuperar credenciais de contas e arquivos de mídia. Dois diretórios chamaram a atenção: “odiada Instagram” e “morte especiais”. Nessas pastas, havia imagens dos túmulos das vítimas.

Entre os arquivos obtidos, o assassino aparecia em selfies tiradas em frente à capela do Cemitério de São José, o maior cemitério público de Maceió, além de imagens dos próprios túmulos de suas vítimas.

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