O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 4, manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato.
A prisão foi determinada na última quinta-feira (24) pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmada nesta segunda-feira (28) pela maioria dos ministros. Collor está preso em Maceió, numa ala especial por ter sido presidente da República.
Os ministros que votaram pela soltura defenderam que um recurso apresentado pela defesa ainda deveria ser analisado antes da prisão. Já os que votaram pela manutenção da pena entenderam que o recurso não impediria a prisão, pois foi considerado apenas uma tentativa de adiar o processo.
Collor foi condenado por receber cerca de R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, por meio de indicações políticas na BR Distribuidora, ligada à Petrobras.
A defesa pediu que o ex-presidente cumpra a pena em casa, alegando problemas de saúde como apneia do sono e Parkinson. O ministro Alexandre de Moraes deu um prazo de 48 horas para que os advogados apresentem exames e laudos médicos. A decisão sobre esse pedido ainda será analisada.
