A médica Daniele Barreto, suspeita de envolvimento na morte do marido, o advogado José Lael Rodrigues Júnior, de 42 anos, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e deixou o Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro nesta quinta-feira (15).
Após a liberação, Daniele foi conduzida ao Departamento do Sistema Prisional, no Bairro América, onde recebeu tornozeleira eletrônica. Ela deverá cumprir medidas cautelares, como monitoramento eletrônico, comparecimento regular à Justiça e proibição de contato com outros investigados no processo.
Daniele Barreto foi presa no dia 12 de novembro de 2024, acusada de ser uma das responsáveis por arquitetar o homicídio do marido. Outras seis pessoas também foram detidas no mesmo inquérito. A médica passou a cumprir pena no sistema prisional feminino em janeiro de 2025.
O crime ocorreu em 18 de outubro de 2024, na Avenida Jorge Amado, Bairro Jardins, em Aracaju. José Lael foi morto a tiros dentro do carro, onde estava com o filho. Dois homens desceram de uma motocicleta e efetuaram os disparos. O advogado foi atingido por três tiros e morreu no local. O filho, também baleado, conseguiu dirigir até um hospital e sobreviveu.
As investigações apontam que a médica teria solicitado que o marido saísse de casa para comprar açaí, momento em que ele foi seguido por uma motocicleta e um carro, supostamente alugado por uma amiga dela. Imagens mostram que, cerca de 1h30 antes do assassinato, essa amiga e a secretária da médica conversaram com os suspeitos e foram deixadas em um condomínio após o encontro.
Dias antes do crime, câmeras registraram a presença da secretária e da amiga da médica em um bairro de Aracaju onde residia um dos executores. Um homem do local, junto com outro foragido, é apontado como autor dos disparos que mataram o advogado.
A defesa da médica alegou que ela tem filhos menores de 12 anos, o que ampara o pedido de prisão domiciliar, conforme previsto na legislação.
O caso segue sob investigação e a Justiça ainda analisa o andamento das demais denúncias relacionadas à organização do crime.