O Paraná enfrenta um cenário de tragédia após um intenso tornado varrer a região Centro-Sul do estado, elevando para seis o número total de vítimas fatais na manhã deste sábado. O fenômeno climático extremo, que atingiu Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, deixou um rastro de destruição e um saldo de 437 pessoas feridas, sendo nove em estado grave, conforme informações atualizadas do Governo do Paraná. A estimativa da Defesa Civil é que a catástrofe tenha impactado diretamente cerca de 10 mil indivíduos.
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A maioria dos óbitos foi registrada em Rio Bonito do Iguaçu, com cinco vítimas: três homens (de 49, 57 e 83 anos), uma mulher de 47 anos e uma adolescente de 14 anos. Em Guarapuava, a sexta vítima confirmada é um homem de 53 anos.
A cidade de Rio Bonito do Iguaçu concentra os maiores danos e a mobilização de 53 bombeiros nas operações de busca. Apesar de uma pessoa ainda estar oficialmente desaparecida, as autoridades não descartam a possibilidade de o número aumentar, dado o fluxo de informações recebidas de familiares.
A resposta da saúde estadual foi imediata, com hospitais em Laranjeiras do Sul, Guarapuava e Cascavel em regime de prontidão máxima para acolher os feridos. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou um volume significativo de insumos, contabilizando cerca de 10 mil unidades de 17 tipos de materiais essenciais, incluindo seringas, ataduras e compressas, para reforçar os atendimentos médicos na região.
A logística humanitária da Defesa Civil está em curso, com o envio de suprimentos críticos para Rio Bonito do Iguaçu: 2.600 telhas, 1.200 cestas básicas, 565 colchões, além de kits de higiene, limpeza e dormitório, e 54 bobinas de lona, fundamentais para o amparo emergencial à população desabrigada e desalojada.
Inicialmente classificado pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) como F2 (ventos entre 180 km/h e 250 km/h, o governador Ratinho Jr. (PSD) indicou que o tornado alcançou rajadas superiores a 250 km/h. Dados de campo e imagens de radar reforçam a tese de que a intensidade do fenômeno, que provocou o colapso de casas de alvenaria e o tombamento de veículos e árvores, pode ter atingido o patamar F3, caracterizado como risco “severo”.





