Vídeo mostra morte súbita na pista: o alerta silencioso por trás da Meia Maratona de João Pessoa

​Empresário e CEO de 48 anos, corredor experiente, não resiste a mal súbito durante prova, levantando debate crucial sobre a saúde de atletas amadores.

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A comunidade de corredores de rua na Paraíba foi abalada neste domingo (16) pela trágica morte de José da Silva Nogueira Neto, 48 anos, empresário e CEO da rede de óticas Personallité. Ocorrido durante a Meia Maratona da capital, o evento levanta um sério questionamento sobre a preparação e o monitoramento da saúde em provas de longa distância, mesmo para atletas considerados experientes.

Veja o vídeo:

 

 

​Nogueira Neto, inscrito na desafiadora prova de 21 quilômetros, tinha um histórico notável no esporte, com participações em maratonas de 42 km. Vídeos que circularam nas redes sociais capturaram o instante em que o empresário desfaleceu e caiu no asfalto, nas proximidades da linha de chegada, um momento de extrema angústia para os demais competidores.

​Segundo o comunicado oficial da organização do evento, o socorro foi imediato. Participantes e a equipe médica da prova iniciaram prontamente os protocolos de emergência, realizando os procedimentos cabíveis no local por cerca de uma hora, numa tentativa incessante de reanimação. Infelizmente, apesar do esforço e da robusta estrutura de atendimento que, conforme a organização, contava com duas bases médicas, três Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) móveis, três unidades de suporte básico e outras equipes distribuídas ao longo do percurso, o corredor não resistiu.

​A fatalidade, posteriormente atribuída a problemas cardíacos, incluindo cardiomiopatia hipertrófica concêntrica e infartos miocárdicos prévios, segundo informações forenses, ressalta a complexidade da “morte súbita no esporte”. O caso de Nogueira Neto, um praticante regular e de alto rendimento, joga luz sobre a necessidade imperativa de avaliações médicas aprofundadas e periódicas. Atletas amadores, mesmo os mais dedicados, frequentemente subestimam os riscos inerentes a esforços extenuantes, ignorando condições cardíacas silenciosas que só se manifestam sob estresse extremo.

​A morte do CEO, que também era proprietário de unidades em Fortaleza (CE), mobilizou notas de pesar da rede Personallité, que o descreveu como mais que um líder, mas uma “inspiração, visão e humanidade”. Seu sepultamento está marcado para esta segunda-feira (17) em João Pessoa, enquanto a fatalidade ecoa como um doloroso lembrete: a paixão pelo esporte deve sempre caminhar lado a lado com o rigoroso cuidado com a saúde.

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