A cidade de Patos, no coração do Sertão da Paraíba, vivenciou um ápice de calor recentemente, com termômetros de rua marcando a temperatura extrema de 46°C na tarde deste sábado (8). O registro, que supera as médias oficiais do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), reflete o desconforto generalizado da população diante da intensidade térmica.
A situação é agravada pela severa baixa umidade do ar, que chegou a um índice preocupante de 12% na região, um patamar classificado como estado de alerta ou até mesmo de emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cujas diretrizes apontam que o ideal gira em torno de 60%. O Inmet, inclusive, havia emitido alertas de perigo (laranja) e perigo potencial (amarelo) para Patos e outros municípios do Sertão e Cariri paraibano, devido à combinação de clima seco e temperaturas elevadas.
As consequências desse clima árido e quente são diretas para a saúde pública. Os alertas do Inmet indicam risco iminente de problemas como ressecamento da pele, irritação nos olhos, boca e nariz, além do perigo de desidratação. A baixa umidade também aumenta o risco de incêndios florestais e de complicações nas vias aéreas.
Diante do cenário de estresse hídrico e térmico, a orientação primordial das autoridades e especialistas é intensificar as medidas de hidratação e evitar a exposição prolongada ao sol, especialmente nos horários de pico de calor (entre 10h e 17h). O uso de umidificadores ou a colocação de recipientes com água em ambientes internos são medidas eficazes para mitigar os efeitos da secura do ar. A recorrência de registros tão elevados em termômetros de rua na região sublinha a urgência de ações e conscientização para o enfrentamento das ondas de calor extremo, um fenômeno cada vez mais presente no Nordeste brasileiro.
