São Luís enfrenta uma escalada de violência atribuída a disputas entre facções criminosas, resultando em sete mortes e mais de dez feridos desde o último domingo (19). A situação gerou pânico na população, levando instituições de ensino a suspenderem atividades. No entanto, o secretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão, Maurício Martins, afirmou que não houve ataques em escolas ou universidades, e que a suspensão das aulas foi motivada por boatos infundados.
Em entrevista à TV Mirante nesta sexta-feira (24), Martins criticou a disseminação de fake news, que, segundo ele, têm alimentado o medo na população. “Quem dissemina boatos falsos comete crime igualmente a essas pessoas envolvidas nessas ocorrências que envolvem brigas de faccionados”, declarou. Ele enfatizou que a Polícia Civil está investigando os casos e que todos os envolvidos, direta ou indiretamente, serão responsabilizados.
Além disso, Martins destacou que, nos últimos dois meses, mais de 2 mil prisões foram realizadas no estado, sendo mais de 30 nos últimos dias. No entanto, ele apontou a legislação brasileira como um obstáculo significativo no combate às facções criminosas. “Temos uma lei frágil em relação às organizações criminosas. Não podemos mais prender e, no mesmo dia ou no dia seguinte, o criminoso estar solto através de uma audiência de custódia ou então estar solto usando tornozeleira ou até mesmo sendo preso em prisão domiciliar”, criticou.
Martins também mencionou que secretários de Segurança Pública de todo o Brasil já encaminharam nove projetos de lei ao Congresso Nacional, incluindo um que trata sobre a audiência de custódia, por entenderem que é uma forma de liberar mais rápido quem comete crime.
Enquanto isso, a população continua a viver sob a sombra do medo, com a sensação de abandono nos bairros periféricos e a dúvida sobre a eficácia das ações de segurança pública diante de uma legislação considerada ineficaz no combate às organizações criminosas.





