O Governo do Estado do Rio de Janeiro intensificou sua estratégia de segurança pública com o lançamento da Operação “Barricada Zero”, uma ofensiva de grande escala contra as estruturas de bloqueio erguidas pelo crime organizado em diversas comunidades. O governador Cláudio Castro utilizou suas plataformas digitais para comunicar o avanço das forças de segurança, que iniciaram a remoção dos mais de 13 mil pontos de obstrução mapeados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ) na Região Metropolitana.

A iniciativa visa desmantelar o poder paralelo exercido por traficantes e milicianos que controlam acessos e a circulação interna em áreas conflagradas. As barricadas, muitas delas complexas e feitas com concreto ou asfalto escavado, não apenas impedem o acesso das polícias, mas sinalizam um domínio territorial que impõe regras e limitam o direito de ir e vir dos moradores.

Segundo balanço parcial da operação em seu primeiro dia, centenas de toneladas de entulho e material de construção foram retiradas de cinco municípios da Região Metropolitana, incluindo a capital, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Queimados e São Gonçalo. A ação mobiliza efetivos da Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), e conta com o apoio de equipamentos pesados, como retroescavadeiras e caminhões basculantes, além de drones para monitoramento contínuo.

Com uma promessa de operações diárias até o fim de seu mandato, Castro enfatizou a determinação do estado em não recuar diante da resistência do crime. O governador emitiu um aviso direto aos grupos que tentarem restabelecer os bloqueios: “Quem voltar com barricada vai receber uma visitinha da Core e do Bope”, referindo-se à Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil e ao Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar.
A “Barricada Zero” representa um esforço integrado de engenharia, inteligência e segurança pública, buscando não apenas a desobstrução das vias, mas também garantir a permanência da liberdade de circulação nas áreas pacificadas, um passo essencial para a retomada da cidadania plena nas comunidades fluminenses.





