Restrição de celulares nas escolas: foco renovador e desafios na educação contemporânea

Estudantes relatam aumento da concentração e da socialização, enquanto debates sobre uso pedagógico e segurança permanecem em evidência

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No início de 2025, o Brasil implementou a Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares durante aulas, intervalos e recreios em escolas públicas e privadas. A medida, uma resposta ao crescente debate sobre o impacto dos aparelhos na concentração e na saúde mental dos jovens, tem provocado mudanças significativas no ambiente escolar.

Pesquisas recentes revelam que mais da metade dos estudantes deixaram de levar o celular para a escola, e os que permanecem o fazem sob regras que só permitem o uso pedagógico ou em situações especiais. Nos locais onde a lei é aplicada com rigor, professores e especialistas notam avanços concretos: aumento de até 25,7% no aprendizado em Matemática, melhoria na socialização e mais engajamento nas atividades. Indicadores também apontam que 80% dos alunos afirmaram maior atenção em sala de aula após a convocação do aparelho.

Porém, a implementação enfrenta desafios. Muitos estudantes ainda resistem, e mais da metade dos adolescentes do ensino médio suportam o uso do celular durante a aula, mesmo sob algumas restrições. A lei não prevê punições diretas, o que leva estados e redes escolares a desenvolver regras próprias, que vão desde advertências até o recolhimento do celular entregue somente aos responsáveis.

Além do impacto pedagógico, os debates incluem a preocupação com a segurança dos alunos e a importância do aparelho para acessos rápidos à informação e comunicação familiar. As escolas têm que equilibrar a proibição com políticas que permitem o uso controlado em situações possíveis, construindo um consenso entre educadores, pais e estudantes.

Assim, a classificação dos celulares nas escolas brasileiras representa um experimento em larga escala para resgatar o foco e a interação social no ensino, mas ainda enfrenta o cruzamento entre avanços educacionais e a realidade cultural e tecnológica dos jovens contemporâneos.

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