Republicanos na Paraíba: a luta pelo poder e a confusão do apoio – de Lucas Ribeiro a Cícero Lucena

Troca de farpas e insegurança política marcam os bastidores das eleições de 2026; quem será o escolhido?

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Foto: Ascom Republicanos

O Republicanos na Paraíba vive um drama político digno de roteiro de série, e, ao que parece, ninguém sabe como vai acabar. Às portas de 2026, com as eleições municipais se aproximando, o partido está mergulhado em uma crise interna, e, para piorar, parece que não há ninguém com um roteiro claro para a trama. O mais recente capítulo foi escrito pelo deputado estadual Felipe Leitão, que resolveu abrir o jogo sobre a divisão interna do partido. Em entrevista à Rádio CBN, Leitão praticamente jogou água no fogo das negociações que, até então, estavam tentanto se acender, mas como bons políticos, logo apagaram.

“Era uma conversa, depois não era mais nada. O jogo, literalmente, zerou”, disse Felipe Leitão, resumindo a situação em uma frase mais direta que muitos dos discursos mais longos do Congresso. E é exatamente isso que está acontecendo dentro do Republicanos: muita conversa, mas nenhuma definição.

De um lado da disputa, temos o presidente estadual da legenda, Hugo Motta, que, como um verdadeiro fiel escudeiro do projeto político de Lucas Ribeiro, insiste em ver o filho do ex-deputado federal como a grande promessa para as eleições de 2026. Já do outro lado, um grupo de deputados, liderado por Leitão, o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, e o deputado federal Murilo Galdino, ainda tentam decidir para onde vão e, claro, o que vai ser melhor para seus próprios interesses eleitorais.

A verdadeira questão agora é que o grupo de Felipe Leitão não está nem um pouco convencido de que a candidatura de Lucas Ribeiro é o melhor caminho. E, convenhamos, quem pode culpar? Enquanto o filho do ex-deputado continua tentando consolidar seu apoio nas urnas, o grupo de Leitão ainda defende que Adriano Galdino seja o nome de força, mas, como bons políticos, já deixam uma brecha: caso o projeto Galdino não vingue, Cícero Lucena, o “governador da capital”, pode entrar em cena como uma opção para resolver a equação.

Leitão não esconde sua frustração e disse o que todo político pensa, mas ninguém tem coragem de falar: “As pesquisas pesam. Mas, tem também o fator da confiabilidade. Não tem coisa mais frustrante do que você trabalhar e não levar”, afirmou, sugerindo que, às vezes, o trabalho suado da política acaba não levando ninguém a lugar algum. E se o grupo de Felipe resolver apoiar Cícero Lucena, não é exagero dizer que a candidatura de Lucas Ribeiro pode ser dada como enterrada.

E, por falar em mortes políticas, a declaração de Leitão deixou bem claro: “Se apoiarem Cícero Lucena, coloca o prego no caixão.” Ou seja, o clima está pesadíssimo, e as opções, no fim das contas, podem ser bem limitadas. Quem será que vai ter coragem de dar o voto final no próximo episódio dessa novela política?

O Republicanos, que parece mais uma novela mexicana com tantas reviravoltas, agora enfrenta a iminente ameaça de se fragmentar ainda mais, com a possibilidade de alguns de seus membros seguir para outras alianças ou até mesmo optar por candidaturas independentes. Se isso acontecer, quem perderá mais: o partido ou Lucas Ribeiro, que vê sua base ser dilacerada?

A grande dúvida agora é se o Republicanos vai acordar para a realidade e definir logo seu candidato ou se vai continuar nesse vai e vem, cheio de conversas e promessas, até que o fim do prazo eleitoral chegue e alguém, finalmente, resolva escolher quem será o “felizardo”, ou talvez, o “azarado”. De uma coisa podemos ter certeza: os próximos capítulos dessa história prometem mais confusão e menos ação do que o esperado.

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