Em postagem nas suas redes sociais, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que um ano após a instituição da emergência de saúde pública instituída pelo governo Lula, a situação dos povos Yanomamis só piorou.
“A grave situação dos Yanomamis no início do desgoverno Lula era sempre atribuída a Bolsonaro. O tempo tem provado o quanto é evidente a inépcia da gestão do PT, sempre marcada pela incompetência e pelo sensacionalismo”, disse Queiroga.
O ex-ministro da Saúde ainda informou que “apesar da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional instituída pelo Ministério da Saúde (ESPIN), como depreendemos da matéria do jornal Folha de São Paulo, os óbitos e casos de malária só cresceram, aumento de 19% nos óbitos e 64% nos casos em relação a 2022”.
“Apesar de todo alarde feito pelo atual governo, com cobertura devastadora na mídia, a situação só piorou. Em nossa gestão ocorreu a 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, em novembro de 2022, quando foram tratados os temas relevantes para Saúde Indígena com participação massiva de indígenas de diversas etnias. O evento foi um sucesso absoluto”, enfatizou Marcelo Queiroga.
O ex-ministro ainda lembrou que entre os participantes da 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, em novembro de 2022, ainda no governo Bolsonaro.
“Chama a atenção que pouco mais de um mês após o evento, o governo Lula e sua claque tenham armado um espetáculo midiático para denunciar um suposto genocídio dos Yanomamis praticado pelo governo Bolsonaro. Assim, fica patente que as dificuldades enfrentadas pelo povo Yanomami são antigas e tem múltiplas causas, as quais não serão resolvidas com as manjadas bravatas do governo Lula”.
Dentre as principais lideranças Yanomamis que estavam na 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, destaque para Hekurari, mais conhecido como Júnior Yanomami.
Na oportunidade, Júnior Yanomami, em postagem em seu perfil do Instagram, afirmou: “Foi a melhor conferência que participei. Marcou a minha vida, e a história dos povos indígenas do Brasil.”
*Dados oficiais*
Segundo o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dados do Centro de Informação e Vigilância Estratégica em Saúde, expresso em informe técnico, em janeiro de 2023, já demonstravam que a situação começava a ser revertida pelo governo Bolsonaro.
Em relação ao DSEI Yanomami, em 2012 foi o ano com menor número notificações (2.213) e menor IPA (101,09), entretanto, a partir de 2013 é observado um progressivo aumento, sendo que 2020 apresentou maior IPA (761,8) da série histórica, dado que sugere o risco de ocorrência de malária e a exposição da população ao vetor infectado pelo protozoário do gênero Plasmodium.
Nos últimos 4 anos, o número de casos de malária no Dsei Yanomami passou de 9.928 em 2018 para 20.393, o que representa um aumento de mais de 105%, porém, após 8 anos de sucessivos aumentos no número de casos de malária no Dsei Yanomami, o Distrito registrou uma redução de 7% em 2021 quando comparado com o ano de 2020 (n=20.393/21.883).