Brasília se tornou palco de uma nova investida da Polícia Federal (PF) contra o uso indevido de verba pública nesta sexta-feira (12). A corporação deflagrou a Operação Transparência, que apura supostos desvios na aplicação de recursos provenientes de emendas parlamentares. A ação, que cumpre dois mandados de busca e apreensão na capital federal, tem como foco central uma figura conhecida nos bastidores do Congresso: a servidora Mariângela, apelidada de “Tuca”.
Conforme o noticiário político da capital, Mariângela, atualmente lotada na liderança do Partido Progressistas (PP), é historicamente reconhecida por ser o braço direito do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Seu papel se tornou ainda mais proeminente no período em que Lira comandou a Casa, quando ela seria a responsável direta pela operacionalização e execução das controversas emendas do relator-geral do Orçamento, mecanismo que ficou nacionalmente conhecido como “orçamento secreto” (EC 126/22).
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tiveram a autorização do ministro Flávio Dino. A investigação busca documentos, dispositivos eletrônicos e outros elementos probatórios que detalhem o fluxo e a destinação final dos valores questionados, sinalizando um aprofundamento na fiscalização sobre a movimentação de recursos públicos por meio das emendas.
A Operação Transparência acende um novo alerta sobre o controle e a transparência na distribuição de verbas federais, especialmente aquelas manejadas via emendas, colocando sob escrutínio a atuação de pessoas-chave nas engrenagens de distribuição de poder do Legislativo.
