Pesquisadores encontraram microplásticos equivalente ao tamanho de uma colher em amostras de cérebros humanos nas autópsias no início de 2024 e constataram um aumento em relação a coletas de anos anteriores. Esses pequenos fragmentos de plástico mediam de sete a 30 vezes menos do que os encontrados em outros órgãos dos autopsiados por meios clínicos e forenses.
Os impactos dessa contaminação ainda estão sendo investigados, mas especialistas alertam para os riscos potenciais. Estudos anteriores sugerem que partículas microscópicas podem atravessar a barreira hematoencefálica e desencadear processos inflamatórios. No entanto, os efeitos específicos no funcionamento do cérebro humano ainda não estão totalmente esclarecidos.
A pesquisa reforça preocupações sobre a crescente exposição da população a microplásticos, que já foram identificadas em alimentos, água contaminada e até no ar. Os cientistas apontam para a necessidade de aprofundar investigações sobre os impactos dessa contaminação na saúde e avaliar formas de reduzir a exposição.
Os cientistas ainda investigam como essas partículas ultrapassam a barreira hematoencefálica e quais efeitos podem ter no funcionamento do cérebro, mas suspeitam que a inflamação e o estresse oxidativo estejam entre os principais impactos. Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade urgente de reduzir a exposição humana aos microplásticos e aprofundar pesquisas sobre suas consequências a longo prazo.
Fonte: Nature Medicine
Por Hermano Araruna