O presidente do diretório paulistano do PT, Laércio Ribeiro, disse nesta quinta-feira que a entrada de Pablo Marçal na disputa eleitoral antecipou o “casamento” entre Ricardo Nunes e Jair Bolsonaro.
“A entrada de Pablo Marçal colocou Ricardo Nunes numa sinuca de bico. Por um lado, obriga o prefeito, que antes só dizia estar ‘namorando’, a antecipar seu casamento com Bolsonaro. Por outro, essa antecipação fará com que o eleitorado aumente sua rejeição ao prefeito”, afirmou.
Ribeiro, que é um dos coordenadores da pré-campanha de Guilherme Boulos, lembra de pesquisa Datafolha em que 61% dos entrevistados disseram rejeitar um candidato apadrinhado pelo ex-presidente.
O petista se refere ao aguardado anúncio do ex-comandante da Rota, coronel Ricardo Mello Araújo, o preferido de Bolsonaro para compor a chapa de Nunes. No entorno do prefeito, há quem ainda acredite em uma resistência ao nome indicado pelo ex-presidente.
Na sexta-feira da semana passada, o ex-presidente classificou como “noivado” a relação entre Nunes e Mello Araújo. Bolsonaro foi à prefeitura, acompanhado de seu indicado e do governador Tarcísio de Freitas.
Na segunda-feira, em um almoço, o prefeito aparou arestas com líderes do PP, um dos partidos que se mostraram incomodados com a indicação de Mello Araújo.
Nesta quinta, foi a vez de Tarcísio ser o anfitrião de um encontro com os representantes dos partidos aliados de Nunes para deliberar sobre o vice.
Um dos focos de resistência ao nome de Mello Araújo é o vereador Milton Leite, do União Brasil.
O partido também tem conversado com Pablo Marçal e o deputado Kim Kataguiri ainda sonha em viabilizar uma candidatura pela legenda.