No ringue digital, a atriz Luana Piovani, 49 anos, encarou nesta sexta-feira a sentença judicial que condenou sua investida verbal contra Neymar Jr., 33, como injúria qualificada. Após um ano de trocas e farpas nas redes sociais, narrativas que começaram com críticas a um projeto imobiliário do craque em praias do Nordeste, o juiz da 2ª Vara Criminal da Barra Funda, Rodrigo César Müller Valente, decidiu pela condenação da atriz, que agora deverá cumprir prestação de serviços comunitários e arcar com custas processuais.
Num vídeo postado no Instagram após uma festa, Luana abordou a repercussão da condenação com o que só pode ser chamado de boa dose de despreocupação: “Tá todo mundo preocupado comigo, mas não precisa, tá?”, disse como se aliviando de um peso que lhe serviria mais de adereço cômico do que de tormento. Logo em seguida, a atriz exibiu o comunicado oficial do seu advogado, Augusto de Arruda Botelho, que qualificou a decisão como “parcialmente procedente” e assegurou a intenção de recorrer.
O imbróglio começou com postagens que, segundo o magistrado, foram além do limite da crítica pública e atingiram a honra de Neymar, envolvendo comentários que classificaram o jogador de “mau caráter” e “péssimo exemplo como pai e como homem”. A condenação afastou, porém, a acusação de difamação, configurando um corte cirúrgico entre os termos processuais. A pena inicial, de quase cinco meses de detenção em regime aberto, foi convertida para prestação de serviços à comunidade, com detalhes a definir.
O duelo jurídico teve seus momentos de trégua, quando Neymar tentou um acordo com um pedido público de desculpas da atriz, proposta esta rejeitada por Luana, que parece ter preferido manter a postura de gladiadora na arena das redes. O valor de indenização por danos morais, inicialmente pedido em R$ 50 mil, ficou no ar, à espera das próximas movimentações judiciais.
Enquanto Luana Piovani digita sua defesa crispada e seu advogado maneja recursos, o público acompanha de camarote uma saga que mistura celebridades, justiça e redes sociais. Nada menos do que o teatro moderno da fama e suas batalhas digitais. Afinal, quem disse que processos judiciais não podem ter pitadas de sarcasmo e ironia?