O Museu do Louvre, instalado no coração de Paris às margens do rio Sena, não é apenas um dos maiores e mais visitados museus do mundo; é um símbolo da história da arte e da França. Fundado no século XII como uma fortaleza e transformado ao longo dos séculos em residência real até se tornar museu em 1793, o Louvre abriga mais de 33 mil obras que documentam a cultura humana, da antiguidade ao século XXI.
Neste domingo, 19, o museu sofreu um golpe que parecia saído de um filme, quando joias históricas da Galeria de Apolo foram roubadas em uma ação fulminante. Entre os artefatos, possivelmente está a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, um relicário que materializa a história do Segundo Império francês. Este evento ecoa episódios que fazem parte da própria memória do Louvre: em 1911, a pintura “Mona Lisa” desapareceu por dois anos nas mãos de um funcionário do museu. Outros roubos entraram para a história. Em 1976, uma espada cravejada de diamantes do rei Carlos X foi levada, e em 1983, duas armaduras renascentistas desapareceram para só serem recuperadas quase 38 anos depois.
Cada furto remete a uma vulnerabilidade em palcos históricos, onde proteger a arte ultrapassa o valor monetário e diz respeito a salvaguardar narrativas fundamentais para a identidade cultural global. O Louvre simboliza a conquista do conhecimento histórico, abrigando desde estátuas de faraós até pinturas impressionistas. A ação desta manhã evidencia o desafio crescente em proteger um acervo que é, ao mesmo tempo, uma aula viva e um patrimônio público irrenunciável.
A atual investigação busca não só a recuperação das peças, mas também a reflexão sobre as formas modernas de segurança em um espaço que deve preservar memórias milenares. O Louvre, mais do que museu, é um guardião da história da humanidade, cuja proteção exige vigilância constante para que o passado permaneça acessível às futuras gerações.