Em meio ao sistema de saúde chinês sobrecarregado, a Ping An Good Doctor inovou ao lançar cabines automatizadas que operam a qualquer hora, executando consultas, analisando sinais vitais e sintomas por meio de inteligência artificial, e liberando medicamentos em poucos minutos. Apenas raramente um médico participa da consulta via vídeo, transformando o modelo tradicional de atendimento. A iniciativa visa descongestionar filas e reduzir custos, integrando dados de saúde, farmácias e planos de saúde para otimizar processos.
Embora as cabines já tenham atendido milhões de pessoas e reduzido o tempo médio de consulta para menos de dez minutos, a responsabilidade por eventuais erros da inteligência artificial ainda não tem definição clara no âmbito legal. Especialistas também manifestam preocupação sobre a segurança dos dados pessoais armazenados e processados pelas máquinas.
No entanto, o desempenho financeiro da Ping An Good Doctor reforça a aceitação do modelo, com receita de aproximadamente US$ 347 milhões no primeiro semestre de 2025, crescimento de quase 20% em relação ao ano anterior.
O projeto aponta para um futuro em que a tecnologia pode minimizar gargalos nos serviços públicos de saúde, mesmo diante dos desafios éticos e regulatórios que essa transformação implica.