Aliança em alerta: aliados de Bolsonaro reagem com indignação e termos duros

​Líderes do PL classificam a prisão preventiva como "abuso" e "injustiça colossal", questionando o momento da decisão e o uso político do Judiciário.

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​A detenção preventiva de Jair Bolsonaro provocou uma reação imediata e veemente por parte de seus principais aliados políticos, concentrando-se em manifestações de repúdio contra o que classificaram como uma ação excessiva e de motivação política por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador Rogério Marinho (PL-RN), figura de liderança no Partido Liberal, utilizou suas redes sociais para criticar a medida com termos incisivos, rotulando-a de “abuso que viola a lógica jurídica”. Marinho questionou o momento da prisão, realizada em um sábado, com o Congresso Nacional em recesso de fim de semana, o que, para ele, “revela um viés político claro e tentativa de evitar escrutínio”. Ele concluiu sua mensagem com um desafio: “O que não entenderam é que não se elimina um sentimento: quanto maior a arbitrariedade, mais forte se torna nossa determinação de lutar por justiça diante de tantas injustiças e perseguições.”

Na Câmara dos Deputados, o Líder da Oposição, Luciano Zucco (PL-RS), foi categórico ao afirmar que prender Bolsonaro é um “ataque direto à democracia” e prometeu que o grupo de oposição “resistirá”. Zucco também fez um alerta direto sobre as condições de custódia, declarando que “colocar Bolsonaro em regime fechado é desumano e injusto” e que, se algo acontecer ao ex-presidente sob custódia, “a responsabilidade será direta”.

​Outros parlamentares replicaram o discurso de vitimização e perseguição. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) classificou a prisão como “mais uma injustiça colossal” e a decisão do Ministro Alexandre de Moraes como “brutal”, questionando a validade da justificativa apresentada, a convocação de uma vigília por aliados. Ela argumentou que a detenção “põe em risco a vida do maior líder da direita” no país.

A defesa jurídica de Bolsonaro, por sua vez, concentrou-se em aspectos técnicos e humanitários. Os advogados haviam protocolado na véspera um pedido de prisão domiciliar humanitária, citando um relatório médico que listava o histórico de cirurgias decorrentes da facada de 2018 e problemas de saúde recentes, alegando a necessidade de acompanhamento médico contínuo e imediato.

A resposta dos aliados evidencia uma estratégia política de transformar a prisão preventiva em um catalisador para a mobilização de sua base, buscando polarizar ainda mais o debate público e questionar a imparcialidade do Judiciário, em um momento em que a condenação do ex-presidente se aproxima do trânsito em julgado.

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