O futebolista David Beckham, aos 50 anos, adicionou a máxima glória britânica ao seu currículo já recheado de troféus, capas de revista e campanhas publicitárias. Em uma cerimônia no Castelo de Windsor, o ex-jogador do Manchester United foi formalmente investido cavaleiro pelo Rei Charles III, recebendo a honra concedida em reconhecimento à sua contribuição ao esporte e à caridade.

Com o novo título, ele pode agora ostentar o prefixo “Sir” em seu nome, entrando para um seleto (e muitas vezes excêntrico) clube britânico. A esposa, Victoria, ex-Spice Girl e hoje estilista de renome, também se torna Lady Beckham, um bônus social que certamente ela não irá desprezar.
O que se viu nesta terça-feira, 4 de novembro de 2025, foi o ápice de uma jornada de superação, não apenas nos gramados, mas também no branding pessoal. O “garoto humilde do leste de Londres”, como o próprio Beckham fez questão de se descrever, já havia sido agraciado com a Ordem do Império Britânico (OBE) em 2003, mas a honra de cavaleiro, a mais alta do Reino Unido, demorou mais de uma década para se concretizar, superando até mesmo a sombra de problemas fiscais que o Comitê de Honrarias teria considerado no passado.
”Tenho muito orgulho de receber uma honra tão especial. Cresci em um ambiente muito humilde… Sempre quis ser jogador profissional e agora estou aqui, no Castelo de Windsor, diante da monarquia mais importante do mundo. Não há nada melhor que isso”, declarou Beckham aos jornalistas, com a humildade protocolar que o momento exige, mas com a satisfação evidente de quem entende que o glamour real é, em última análise, a cereja do bolo em uma carreira planejada nos mínimos detalhes.

A verdade é que a condecoração é uma via de mão dupla que beneficia a todos. Beckham cimenta seu status de ícone nacional, extrapolando de vez a categoria de celebridade para a de parte integrante da história britânica. Já a Monarquia, sempre atenta ao timing e à imagem, incorpora uma figura global que injeta uma dose de modernidade e apelo popular, especialmente entre os mais jovens. Charles III, ao empunhar a espada sobre o ombro do ex-capitão da seleção, estava, na prática, alinhando a Coroa com um dos maiores influencers de todos os tempos.
O “Sir David” de 50 anos, que conquistou títulos em quatro países e foi embaixador da boa vontade da UNICEF desde 2005, provou que a filantropia e o carisma valem tanto quanto a destreza em campo para ganhar um lugar ao lado de lendas. A partir de agora, o esporte britânico tem um novo e elegante cavaleiro. Que venham os próximos posts.





