A lâmina de Abu Dhabi: F1 leva três gigantes ao xeque-mate final

​A vitória de Verstappen no Catar injeta tensão máxima na decisão do campeonato, encurtando as distâncias para Norris e Piastri

Compartilhe o Post

O Grande Prêmio do Catar, neste domingo, não foi apenas mais uma vitória na carreira de Max Verstappen; foi o golpe de mestre que reescreveu o roteiro da temporada 2025 da Fórmula 1. Triunfando pela terceira vez consecutiva em Lusail, o holandês da Red Bull Racing não só garantiu a vice-liderança do Mundial de Pilotos, superando Oscar Piastri, como também comprimiu de forma dramática a disputa pelo título.

 

A maestria de Verstappen, aliada a uma estratégia questionável da McLaren durante o safety car provocado por um incidente no início da corrida, permitiu-lhe “enficar” a dianteira. A equipe de Woking optou por manter seus pilotos, Piastri e Lando Norris, na pista quando a maioria, incluindo o tricampeão, fez paradas. Essa decisão, crucial em uma corrida com uma regra de limite máximo de 25 voltas por pneu, custou caro.

Norris, que defendia uma vantagem de 22 pontos antes da etapa catari, viu a diferença encolher para apenas 12 pontos em relação a Verstappen ao cruzar a linha de chegada em quarto. O australiano Piastri, que havia dominado a sprint de sábado e largado na pole, recuperou-se para um segundo lugar robusto, mas agora se encontra a 16 pontos do líder Norris e a apenas quatro do neerlandês. O pódio foi completado por Carlos Sainz da Williams, que se beneficiou da confusão estratégica à frente.

 

A temporada chega a Abu Dhabi, o palco final, com os três principais contendores empatados em um impressionante número de sete vitórias cada. Este equilíbrio de triunfos confere à última corrida uma camada extra de imprevisibilidade. Com 25 pontos em jogo para o vencedor do GP, a liderança de Norris é tênue.

A reviravolta no Catar colocou a McLaren em uma situação de alta pressão. Embora o chefe da equipe, Andrea Stella, tenha reafirmado que não haverá ordens de equipe, mantendo Piastri com “liberdade total” para competir, o cenário cria uma dinâmica interna arriscada. A equipe britânica já assegurou o Campeonato de Construtores, mas a taça de Pilotos, que escapa desde 2008, agora depende de como os dois jovens talentos gerenciarão a ameaça de um Max Verstappen renascido.

A batalha pelo campeonato de pilotos da F1, historicamente decidida por margens apertadas e em momentos de alta dramaticidade, encontra em 2025 um de seus epílogos mais eletrizantes. Abu Dhabi será o campo de provas definitivo para a audácia de Verstappen contra a consistência da dupla da McLaren.

Compartilhe o Post

Mais do Nordeste On.