Vídeo: A nova “safra” da Compesa – moradores de Petrolina ganham água com cor de guaraná (mas sem o gás)

​Enquanto a conta de água chega com pontualidade britânica, o líquido que flui das torneiras no Loteamento Recife parece ter saído de um pântano cenográfico.

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Parece que a Compesa resolveu inovar no cardápio de serviços oferecidos ao sertanejo. No Bairro Loteamento Recife, em Petrolina, o conceito de “água potável” foi atualizado para uma paleta de cores que oscila entre o âmbar e o marrom-desespero. Uma moradora, munida de um celular e de muita indignação, registrou em vídeo nesta sexta-feira (19) o fenômeno: das torneiras de sua casa, não jorra o H2O cristalino prometido nos manuais de saneamento, mas sim um caldo exótico que faria qualquer sommelier de lama pedir demissão.

Veja o vídeo:

O caso, levanta uma questão quase metafísica: como explicar para o cidadão que ele paga por água tratada, mas recebe algo que mais parece o subproduto de uma obra de drenagem mal executada? A preocupação da vizinhança é legítima, afinal, ninguém quer descobrir por conta própria se aquela cor “vintage” é apenas excesso de ferro ou um ecossistema inteiro tentando colonizar a pia da cozinha.

Como de costume na cartilha da burocracia estatal, a demanda já foi protocolada junto à Compesa. Por enquanto, o espaço da empresa continua tão vazio quanto a esperança de quem espera um banho limpo no final do dia. Resta saber se a justificativa será a clássica “manutenção emergencial” ou se dirão que a água está apenas “bronzeada” pelo sol do Vale do São Francisco.

Enquanto a resposta não vem (e o filtro de barro pede socorro), os moradores do Loteamento Recife seguem no aguardo de uma solução que não envolva a compra de água mineral para lavar a louça. Afinal, para uma empresa que domina o monopólio do setor, oferecer água transparente deveria ser o básico, não um artigo de luxo disruptivo.

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