Brasil e o café do dia a dia: impurezas permitidas e o que isso revela sobre o consumo nacional

Legislação permite até 1% de impurezas no café vendido no Brasil, revelando desafios na qualidade e fiscalização do produto consumido diariamente por milhões.

Compartilhe o Post

Apesar de 95% dos brasileiros consumirem café tradicional ou extraforte todos os dias, poucos conhecem os detalhes que passam despercebidos em cada xícara. A legislação brasileira permite que o café comercializado contenha até 1% de impurezas naturais, como galhos, cascas, e até grãos defeituosos, incluindo mofados ou podres. Esse limite, embora legal, levanta questões sobre a qualidade e os critérios que definem o produto que chega às prateleiras.

A norma sanitária vigente, baseada em regulamentos do Ministério da Agricultura, permite a presença dessas materialidades como uma “margem técnica” dentro do processo produtivo, reconhecendo as dificuldades em eliminar completamente resíduos naturais. No entanto, essa tolerância abre espaço para um debate sobre transparência e saúde pública.

Especialistas em alimentos destacam que, mesmo que a ingestão ocasional dessas impurezas não represente um risco grave para a saúde, sua presença pode afetar o sabor e a experiência do consumidor. Além disso, a indústria precisa investir em melhores práticas de seleção e processamento para reduzir essas irregularidades.

O consumo massivo do café tradicional e extraforte aponta para uma cultura enraizada, mas também evidencia a necessidade de maior conscientização do consumidor e aprimoramento nos sistemas de controle e fiscalização, garantindo um café mais puro sem surpresas desagradáveis no fundo da xícara.

Compartilhe o Post

Mais do Nordeste On.