O Museu da Gente Sergipana abre as portas nesta quinta-feira (25), às 20h, para uma travessia artística que promete mais sombras do que luz. O palco, ou melhor, o átrio, recebe o espetáculo “Dark Passage”, da Cia. Movemente, grupo aracajuano que insiste em lembrar que dança contemporânea também pode dialogar com riffs de guitarra pesados e um certo espírito underground. A entrada é gratuita, mas a classificação é só para maiores de 14 anos (talvez porque escuridão demais não combine com público infantil).
A proposta é simples na superfície e densa no conteúdo: corpos e identidades de artistas se encontram para explorar o equilíbrio entre trevas e claridade. Tudo isso embalado por um discurso que flerta com filosofia, espiritualidade e cultura alternativa. Quem assina a direção é Araceli Rodrigues, responsável por dar fôlego novo ao grupo após dez anos de hiato.
A Movemente, criada em 2010, já nasceu independente, o que significa sobreviver sem rede de proteção, cada temporada foi um teste de resistência. Depois de uma pausa prolongada, a trupe ressurgiu em plena pandemia com “Dark Passage, Da Sombra à Luz”, montagem financiada pela Lei Aldir Blanc. A primeira versão foi exibida online em 2021, quando o público ainda estava confinado em casa; agora, a experiência é ao vivo, de carne, osso e suor.
O espetáculo entra na programação do Quintas da Gente, projeto do Instituto Banese que tenta dar alguma vida noturna ao Museu da Gente Sergipana. A ideia é simples e eficiente: ocupar as quintas-feiras com artistas locais, garantindo ao público um cardápio variado de música, dança e outras invenções cênicas. Esta edição acontece via edital “Ocupe o Museu”, o que traduzido significa: o palco é seu, Sergipe, aproveite enquanto é de graça.
Com assessoria